XJazz apresenta Bill Frisell Trio nas Aldeias do Xisto

 

Foto de Monica Frisell

 

“Frisell é exímio a esconder conceitos complexos num embrulho humilde. Há muito aclamado como um dos guitarristas improvisadores mais destacados e originais do nosso tempo, ele ganhou também a reputação de conseguir estabelecer diversas relações temáticas com sua música…. Há uma razão pela qual o Jazz no Lincoln Center o convidou a definir uma programação intitulada “Raízes da América.” – The New York Times

Ao longo de uma década de existência, 45 concertos, sete residências artísticas e 4 álbuns editados, o XJazz- Encontros do Jazz nas Aldeias do Xisto, já se afirmou como um dos momentos musicais mais marcantes do ano. Ao longo destas edições foram vários os “monstros sagrados” do jazz mundial que passaram e tocaram nas Aldeias do Xisto, como Evan Parker, Hamid Drake, William Parker, Joëlle Léandre, Paolo Angeli, entre muitos outros.

Este ano chega-nos o famoso guitarrista Bill Frisell, em trio, acompanhado por Thomas Morgan, no contrabaixo, e Rudy Royston, na bateria. A carreira de Bill Frisell como guitarrista e compositor tem uma sólida base, bem patente numa discografia que é das mais ricas do jazz contemporâneo e que se estende ao longo de quatro décadas. Agora, Frisell traz-nos o seu projeto mais recente, intitulado Valentine. Editado pela Blue Note Records, trata-se do primeiro disco gravado ao lado do contrabaixista Thomas Morgan e do baterista Rudy Royston. As canções que escutaremos na praia fluvial de Janeiro de Cima são standards do jazz, músicas do cancioneiro norte-americano e algumas versões.

Frisell resume desta forma o carácter especial deste trabalho: “tem tudo a ver com a relação musical que mantemos enquanto um trio, (…) tocávamos já há muito anos, mas nunca tínhamos tido a oportunidade de documentar e mostrar esta conexão especial”.

“Este ano celebramos 10 anos de história do XJazz: 10 anos de junção da cultura cosmopolita à cultura popular e à resistência das comunidades; 10 anos em que convidamos as pessoas a usufruir a música e as coisas simples, a quietude, aquilo que é genuíno e verdadeiro, provocando emoções belas e irrepetíveis; 10 anos em que afirmamos o nosso território como um espaço de cultura, criação e inspiração aberto ao mundo; finalmente, 10 anos de música ao ar livre, para que todos os sentidos despertem e se juntem ao espírito de cada lugar”, referiu Rui Simão, Diretor Executivo da ADXTUR.

 

Programação XJazz 2021

Desde 2012, o XJazz convida artistas nacionais e estrangeiros a imergirem na realidade das aldeias, cruzando a identidade cultural, as paisagens e as artes sonoras. A edição de 2021 reafirma a intenção de apresentar um programa artístico verdadeiramente enraizado no contexto e cultura dos lugares, beneficiando do seu contexto social e ambiental para momentos únicos de criação, fruição e partilha.

 

Rodrigo Amado Refraction Solo

Martim Branco, Castelo Branco

3 de julho

 

Bill Frisell Trio com Thomas Morgan e Rudy Royston

Janeiro de Cima, Fundão

17 de julho

 

Kimi Djabaté

Cerdeira, Lousã

23 de julho

 

Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva

Cerdeira, Lousã

24 de julho

 

Joana Guerra, com Maria do Mar e Carlos Godinho

Aldeia das Dez, Oliveira do Hospital

31 de julho

 

Carmen Souza e Théo Pascal

Sobral de São Miguel, Covilhã

13 de agosto

 

O XJazz continua, assim, a explorar a abertura deste território a contextos de criação e fruição artísticas, contribuindo para reforçar os atributos e valores das Aldeias do Xisto enquanto marca acolhedora da experimentação, da inovação e ponto de interseção daquilo que une os homens a si mesmos, aos lugares, à arte e à natureza.

Nesta iniciativa, promovida em parceria com o JACC – Jazz ao Centro Clube desde 2012, as Aldeias do Xisto já receberam 45 concertos e 7 residências artísticas, no âmbito das quais foram editados 4 discos: “Guitolão”, de Carlos Barretto e António Eustáquio, “Xisto” do quinteto com Marcelo dos Reis, Angélica Salvi, Nuno Torres, Miguel Carvalhais e João Pais Filipe (ambos gravados na Aldeia do Xisto da Cerdeira, Lousã), o disco homónimo dos Slow is Possible (gravado em Fajão, Pampilhosa da Serra) e “Fonte Grande”, de María Villanueva, Vânia Couto, Yoshida Carvalho, Lucas de Centi e Sandra Pérez, gravado no Fundão, no contexto da residência realizada na Aldeia do Xisto da Barroca.

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