Quando ia ao mato…
Quando eu ia ao mato com meu pai,
Tinha prazer de viver,
Era a pureza do convívio entre seres
Inocentes, de apetecer.
Era no mato denso e enleado dos limos
Que a terra cheirava a África,
O verde era intenso, privilégio da floresta,
Que nos envolvia com feitiço.
Eu era criança mas me sentia menino,
Tal era tanto o mimo,
Com que era tratado pelos amimais
Cujos afectos não eram demais,
Desejo o meu, de voltar àquele mato,
Reviver o bom trato,
Respirar o ar puro, banhar-me no rio,
Saudoso o meu suspiro.
Ruy Serrano – 22.05.2016