Rouxinol – O Grito do Ipiranga

No enquadramento da blogosfera, o responsável por este e por outros comentários relacionados com SINGRAL , TERRA DE BOA GENTE, identifica-se por “ROUXINOL”.

O “Rouxinol”, nado e criado no Lugar do Singral, povoação enquadrada na Freguesia de Campelo, do Concelho de Figueiró dos Vinhos, Distrito de Leiria, surge com o mesmo slogan de El-Rei D. Pedro, quando no dia 7 de Setembro de 1882, declarou a independência do Brasil e, nas margens do riacho do Ipiranga gritou “Independência ou Morte”.

 

 

A foto que o “Rouxinol” aqui vos deixa, pretende tão somente mostrar à evidência de que Lugar estamos a falar.

Exactamente!

Falamos do SINGRAL caros “Senhores”.

Noutro apontamento, quiçá sejam publicadas fotos onde apareçam alguns dos “senhores” a que nos referimos. Quiçá na Festa Anual de São Tiago e nos diversos eventos que se realizam frequentemente no Singral, quiçá…

E, é exactamente com o mesmo princípio de El-Rei D. Pedro que o “Rouxinol” vem a terreiro lutar contra um grupo de “Senhores” que, através de acções diversas e atitudes menos nobres, vêm de algum tempo a esta parte tentar não só denegrir, como também pôr em causa a origem dos SINGRALENSES, seus direitos, costumes e tradições. Numa tentativa de se apoderarem das áreas comunitárias do Lugar do Singral Cimeiro e Fundeiro.

Recordamos a esses “Senhores” que a nossa origem é perpetuada através dos tempos; desde quando, no cumprimento de obediência aos Nossos Pais, nestas áreas comunitárias roçávamos mato, recolhíamos lenha, instalávamos colmeias e apascentávamos rebanhos de gado.

Recordamos a esses mesmos “Senhores”, que foi naquelas “áreas comunitárias”, pelo trabalho que ali desenvolveu, que a juventude ganhou algum protagonismo, partindo na busca de melhores condições de vida, nomeadamente para Lisboa onde, exercendo as mais diversas profissões, nunca esqueceu as suas origens, a terra onde nasceu, a terra que nunca deixou de visitar com frequência, o SEU SINGRAL, património construído pelos seus antepassados.

Recordando a adolescência do “Rouxinol”, nessas mesmas áreas comunitárias, trabalhando com os pais no apascentamento dos rebanhos, arrancavam-se torgas (raiz de urze), abriam-se “covachos” para o fabrico de carvão que era vendido nos mercados semanais de Castanheira de Pera.

Carregando ás costas dois e três sacos de carvão, subindo e descendo a serra a caminho da Castanheira de Pera, era com esse esforço e com o produto da venda do carvão que os nossos pais adquiriam açucar, arroz, massa e outros produtos essenciais ao sustento das nossas famílias.

Segundo alguns “Senhores”, as áreas do Singral terá sido vendida pelo Estado, a troco da construção de estradas e escolas.

Onde estão as contra-partidas da população do Singral?

Segundo o “Rouxinol” se lembra, diz o povo com o seu saber…”os burros não compreendem”… “os cegos não vêem”…

Segundo os nossos antepassados, a este Casal…., ainda a Freguesia de Campelo integrava o concelho de Miranda do Corvo, a Viscondessa de Espinhal, proprietária do Palácio dos Salazares (ou Casa da Viscondessa do Espinhal – ou Palácio dos Viscondes do Espinhal), localizado na Freguesia da Lousã, concelho da Lousã, registou em seu nome uma significativa (área?) destinada à pastorícia, junto das linhas divisórias

Após o falecimento da Senhora Viscondessa do Espinhal, os seus herdeiros deixaram esta zona ao abandono, à data já integrada no Concelho de Figueiró dos Vinhos.

Devido à falta de pagamento de impostos, foi este “Casal” vendido em hasta pública pelas finanças locais a um Singralense, com ramificações familiares na Castanheira de Pera.

Durante alguns anos os impostos foram sendo pagos mas, dada a sua falta de rentabilidade acabaram por ser vetados ao abandono.

Nesta circunstância, foi registado em nome individual da população do SINGRAL o “Casal” por escritura de usucapião e, pela mesma população, doado à Casa de Convívio do Singral.

Esta sim, ilustres “Senhores”! Esta é a verdadeira História do Singral!

 

Ilustres “Senhores”, as NOSSA ORIGENS não podem ser omitidas, nem adulteradas, como grosseiramente V. Exas, pretendem, nem tão pouco pode ser insinuada a inexistência da População do Singral, bem como usurpados os respectivos direitos.

Esquecem esses “Senhores” que o Singral mantém uma colónia habitacional permanente, está dotada com digno Blog na Internet – contrariando a agressividade e faltas de elegância de certos “Senhores”; tem como Padroeiro São Tiago, o mesmo Padroeiro de Portugal, (curioso… ), numa capela reconstruída totalmente pela sua População, bem assim como uma Casa de Convívio digna de grandes vilas e cidades, também construída de raiz pela População do Singral, onde recebem inúmeras as frequentes visitas com o carinho e bem saber receber da Minha Gente.

E por hoje o “Rouxinol” a todos remete um grande BEM HAJA!.

 

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