Uma feira com importância para a economia local, mas também uma atividade cultural e histórica
Decorreu na passada segunda-feira, 25 de novembro, a Feira Anual de Santa Catarina, em Vila Facaia, concelho de Pedrógão Grande. No entanto, o programa prolongou-se pelos dias 23 e 24 com variados eventos.
Destaque, sábado dia 23, para o baile popular na Casa da Cultura e Recreio de Vila Facaia; domingo dia 24, para a prova “Rampa das motoretas”; mas o principalmente, para o dia 25 – Dia de Santa Catarina – em que para além da tradicional Feira Anual de Santa Catarina, que traz centenas de visitantes à vila, teve ainda lugar a arruada de acordeonistas e concertinistas durante a Feira com Michel Neves e amigos, a apresentação do livro “Os Heróis da Nossa Terra”, de Luís Marques Cunha, no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Vila Facaia, a tradicional Sardinhada de Santa Catarina e febras e o Magusto, que deram um movimento e um colorido único a Vila Facaia.
A Feira Anual de Santa Catarina é uma feira histórica, conhecida e reconhecida por todos, com uma identidade própria que valoriza o nosso território. É a nossa festa de inverno com tendas e estendais de bugigangas, bancas e feirantes com os tradicionais pregões que ajudam os visitantes do mercado a circular. De tudo se pode comprar nesta feira muito requisitada para a compra de árvores de fruto, cobertores, agasalhos, vestuário, calçado, utensílios vários, ferramentas de ferro forjado, enxadas, sachos, podoas, bisagudas, foices, machados, ancinhos, forquilhas, fumeiros, e claro, as sardinhas. Também marcam presença as roulotes das farturas e, sinais de modernidade e novos tempos, este ano também uma roulot de sushi e outros menus orientais.
Em dia de Feira Anual de Santa Catarina compra-se, vende-se e sabem-se novidades. As adegas particulares abrem-se aos visitantes. Cumpre-se a tradição. A feira anual continua a ser o ponto de encontro por excelência da comunidade, um dia de convívio à volta de um copo de vinho acompanhado pelas sardinhas grandes a pingar na broa de milho. É, segundo a lenda, o último dia do ano em que se comem sardinhas, regressando por época dos santos populares.
Ainda agora se diz quando a sardinha é boa, grande e gorda que “parece sardinha da Santa Catarina”.
Mas, se por um lado “a tradição ainda é o que era” na Feira Anual de Santa Catarina, por outro lado, a tradição não pode ser cumprida, no que era uma espécie de “imagem de marca”: a feira do gado! Esta feira vendia gado, especialmente gado suíno, mas as novas leis não permitem agora este tipo de feira de gado.
Um certame pleno de história e de estórias conhecidas e reconhecidas pelas gentes locais.
Uma Feira a promover e acarinhar quer pela importância para a economia local quer para valorizar uma atividade cultual e histórica de primordial importância para a freguesia, o concelho e as pessoas.