Infusão de Criatividade – Por Florbela Caetano

Ambiente quente

No pico do calor, não temos dúvidas: este chá é real. A Terra está a derreter.

Há quem diga que isso de o ser humano contribuir para as alterações climáticas é mito. Essa fação da sociedade, onde se incluem alguns cientistas (e Donald Trump), defende que as alterações fazem parte de um processo natural de conservação do planeta – só assim a Terra pode manter a temperatura desejada.

Ao mesmo tempo, organizações não-governamentais como a World Wide Fund for Nature vão relembrando que estamos, de facto, a acelerar o aumento da temperatura-média do planeta. Segundo o Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas reunido em 2007, a atividade humana é a principal culpada.

A campanha que aqui mostramos foi lançada na Bélgica. No cartaz pode ler-se: “Os primeiros sinais do aquecimento global são claramente visíveis. Temos que reduzir urgentemente a emissão de gases com efeito de estufa.”

Ao contrário do que se possa pensar, as alterações climáticas não afetam apenas as grandes potências mundiais. Portugal sofre claramente o impacto destas mudanças: 96% do território está em situação de seca; 2016 foi o ano mais quente desde que há registo e, anualmente, morrem 150 mil portugueses devido às alterações climáticas. Na onda de calor de 2013, morreram 1 700 portugueses como consequência das temperaturas extremas.

No século passado, a temperatura da Terra subiu 0,76ºC. A previsão é que, nos próximos anos, aumente entre 1,1ºC e 6,4ºC. Tudo depende das medidas de proteção que sejam tomadas. E o abandono dos Estados Unidos do Acordo de Paris deixa o gelado fora da arca por muito mais tempo…

 

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