Filarmónica Figueiroense comemorou mais um aniversário

Foi com um almoço e diversas cerimónias e homenagens que a centenária instituição figueiroense, de que não se conhece a data exacta da sua fundação (ver caixa), comemorou mais um aniversário, assinalado como vem sendo hábito no dia 8 de Dezembro.

Foram homenageadas com diploma de mérito três personalidades ligadas à Filarmónica:

– O nosso amigo e colaborador Artur Mateus, sócio número três e que com os seus 93 anos de idade é o mais antigo desta associação (o sócio número um é o Engº Alexandre Calheiros e o número dois o Dr. Fernando Manata);

– Alice Leal, cozinheira habitual da Filarmónica, que não pôde estar presente desta vez, representada pela sua sobrinha Carolina Lopes;

– Samuel Dias Lopes, ex director da Filarmónica que pediu recentemente a exoneração do seu cargo directivo por motivos pessoais, que também não pôde estar presente, sendo também representado por Carolina Lopes, sua filha.

Eduardo Ventura, músico com mais de 25 anos na Filarmónica, teve o seu retrato exposto na galeria, assim como o vice-presidente Tomás Granada “um exemplo do que se deve ser, um exemplo de associativismo” nas palavras do presidente da direcção e Maestro Elias Santos, que na sua alocução exortou os músicos a continuarem a fazer por esta casa com o mesmo afinco que têm feito até hoje.

Também o jovem Rui Dias recebeu do seu instrutor Emanuel Marques as suas divisas de músico.

Seguiu-se a intervenção do presidente da Assembleia-Geral, José Carlos Leitão, que saudou os presentes bem como os homenageados deste dia, reservando uma palavra especial para Elias Santos “a ele também se deve, e muito, a existência da Filarmónica.”

Jorge Abreu, presidente da Câmara Municipal, encerrou as intervenções, referindo que “é com muito gosto que a autarquia apoia as associações, e que quando estas têm bons resultados, como é o caso, é com mais gosto ainda”. Deixou também uma palavra de apreço aos homenageados, uma demonstração de que a associação tem memória. Finalizou pedindo uma salva de palmas para a Filarmónica: músicos, directores e todos os que com ele colaboram.

António B. Carreira

 

Não se sabe ao certo a data da fundação desta centenária instituição de cultura e recreio de Figueiró dos Vinhos, que é a Filarmónica Figueiroense.

No seu livro “Historial das Filarmónicas de Figueiró dos Vinhos”, o autor Carlos Medeiros refere precisamente isso, apesar dos seus esforços para tentar descobrir a data da fundação. Por enquanto, o documento mais antigo que se refere à Filarmónica em Figueiró dos Vinhos e a um seu director, Manuel Joaquim dos Santos, é um lançamento de escrita no livro da Confraria do Santíssimo Sacramento da Igreja Paroquial de Figueiró dos Vinhos, datado de Junho de 1858, cujo “fac símile” aparece nesse mesmo livro. É no entanto convicção de Carlos Medeiros que a Filarmónica tenha sido fundada alguns anos antes, talvez 1840, atendendo aos seus fundadores, a família Paiva e Manuel Quaresma de Oliveira, descritos como tal na imprensa da época.

Mesmo sem conhecer a data precisa da fundação, fica-nos pelo menos a certeza de que terá pela certa mais de 150, talvez 170 anos de existência.

O certo é que de alguns anos para cá, a Filarmónica tem vindo a celebrar a passagem de mais um ano no dia 8 de Dezembro, Feriado Nacional, dia da Imaculada Conceição, Rainha e Padroeira de Portugal.

A Filarmónica Figueiroense conta com 38 executantes, tendo mais 7 aprendizes da Escola de Música que entrarão “à estante” ainda durante o corrente ano.

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