Fernando Figueiredo: Osteoporose

Normalmente os sintomas da osteoporose apresentam-se pelo aparecimento de zonas dolorosas e as suas origens podem ser várias. Infelizmente, muitas das vezes, na osteoporose, uma das origens é a perda de cálcio. Mas sabe-se que o consumo de uma bebida que as pessoas normalmente julgam que é o seu grande benefício, que é o leite, 90% das pessoas não o podem consumir e muitas delas até os seus derivados. O que se passa é que no soro do leite está o cálcio e nas natas estão os metabolizadores (magnésio, selénio, vitaminas, etc.). Muitos pensam que nos alimentamos daquilo que ingerimos, mas na verdade é daquilo que digerimos. As pessoas não conseguem digerir o leite, porque a partir dos 3 anos e meio, regra geral, perdemos a lactase logo, não conseguimos digerir a lactose. Em função desta situação vão se dar imensos problemas ao nível do jejuno no sistema imunitário, com perda das células killer para além disto, não existindo os metabolizadores o metabolismo do cálcio não se vai dar. Este, que deveria ir para os ossos, passa a ir para as artérias e veias entupindo-as e mais grave ainda, vai-se fixar formando osteofitos, ou seja, bicos de papagaio como se denomina vulgarmente. A partir daí todo um processo degenerativo começa a decorrer. Os osteofitos são extremamente dolorosos e surge também a descalcificação dos ossos, facilitando a sua quebra. Juntamente com este problema, também por alimentação errada, níveis de ácido úrico vão se concentrando nas articulações, apesar de muitas vezes no sangue não se verificarem. Estes micro cristais de ácido úrico podem destruir as cartilagens. O fenómeno da osteoporose para além de ósseo que também é, não deixa de ser osteo-articular, porque a própria articulação também começa a estar deficiente. A cartilagem por falta de nutrientes também entra em degeneração.

Para perceber um pouco mais sobre este fenómeno do ácido úrico articular, o indivíduo tem mais dores quando começa a movimentar-se e passado algum tempo de movimentação essas dores abrandam, em alguns casos até desaparecem. Assim que voltam a parar ou se estão na cama algumas horas, esses micro cristais, numa fase inicial, quando não há alguma circulação são extremamente dolorosos, vão desfazendo a cartilagem e há uma grande degradação.
Sendo um pouco mais preciso, nós não precisamos de cálcio para nada. De uma forma generalizada os estudos foram muito interessantes, um grupo de cientistas que estiveram no Biafra ficaram muito admirados como é que aquelas pessoas que tinham ossos magníficos nunca tinham bebido leite na vida a não ser da mãe e mal? Nas águas dos grandes lagos o cálcio é diminuto, quase que não existe e os indivíduos com uma péssima alimentação passando fome de rato tinham esqueletos magníficos. Esses mesmos indivíduos analisaram cuidadosamente as águas e verificaram que elas eram ricas em selénio, magnésio, flúor, fósforo e vários nutrientes e minerais, que mais tarde se iria verificar que eles é que eram a base de tudo. Esses mesmos cientistas quando regressaram à Alemanha, resolveram retirar às galinhas num aviário todo o cálcio que havia nas rações e na água. Suplementaram com os minerais referidos: magnésio, selénio, fósforo, flúor. À sexta geração os ovos tinham mais cálcio que na primeira. Continuaram os estudos até que um geólogo referiu que dos vulcões não sai nada sobre a forma de cálcio, ora se não sai cálcio é porque na terra não há cálcio mas que ele existe, existe. Ora bem, como é que existe cálcio na terra se não existe no interior dela?! Os estudos continuaram a ser feitos e verificou-se que o cálcio tem o mesmo tempo que a vida tem na terra. Como conclusão o cálcio é fruto do metabolismo animal e não de absorção por parte destes, na sua maioria. As vitaminas aqui também têm um papel muito importante, a vitamina C sobretudo. Sem vitamina D não teremos vitamina C, cá está a razão porque as pessoas quando estão com problemas osteoarticulares começam a apanhar sol e sentem alguma melhoria, ou seja, fazem a compensação da vitamina C, porque essa encontra-se em praticamente todos os alimentos e a vitamina D também, mas desta forma começa a ser devidamente absorvida.
Essas dores muitas vezes são bastante dolorosas, por isso que há realização de cirurgias e colocação de próteses. Eu não sou contra as cirurgias, nem qualquer outra forma de tratamento mas este deverá ser o último passo. Deverá ser utilizado sempre que se justifique, quando a degradação do organismo ou em caso de acidente que o levou a tal. Caso contrário, o processo tem que ser outro. Uma alimentação variada seria o ideal. No caso de chegarmos ao ponto extremo, então vamos fazer uma suplementação de cálcio. Vamos introduzir estes minerais e desta forma muitas vezes consegue-se inverter o aumento da cartilagem e conseguir evitar por todos os meios uma cirurgia. Esta vai ter efeitos colaterais diversos, não impede outra anomalia seguinte, noutro local do organismo.
Nalguns casos, a degradação é de tal forma que já nem a cirurgia é solução. Temos que partir sempre de um pressuposto que mais vale um doente vivo que um morto saudável, não deixar que chegue a este estado evolutivo e melhor que tudo será sempre a prevenção.

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