Após a época natalícia em que mil asneiras foram feitas, não posso deixar de fazer um alerta para alguns factos causados por estas.
Está prestes a duplicar o número de obesos em relação aos que passam fome. Os algarismos são alarmantes.
Seiscentos milhões passam fome, mas mais de mil milhões tem excesso de peso e quase metade já está bastante enferma, com esta verdadeira pandemia. Os dois mil e quinhentos médicos especialistas de saúde pública, reunidos na última conferência internacional de Sidney, já admitiram que as crianças das novas gerações, poderão ser as primeiras da história da Terra a morrerem antes dos pais, por doenças causadas por excesso de peso.
É caso para reflectirmos! Estão os governantes tão preocupados com o pagamento, no futuro, das reformas… ou estas são uma forma de meter a cabeça num buraco, como a avestruz, deixando o gigantesco corpo de fora e não se olhar para a dura realidade?
O excesso de peso conduz à diabetes, hipertensão, colesterol, problemas cardíacos, AVC, diversas outras doenças, em alguns casos formas cancerígenas, para não deixar esquecidos os inúmeros problemas ósseos, articulares e de imobilidade de tão desagradável qualidade de vida.
Gordura é formosura ou uma manifestação enganosa de expressão até emagrecer!
Mais tarde, após o conseguirem dizem, agora é que estou bem!
Momentos fugazes do prazer da gula pagam-se com longos períodos de lamentação ao espelho ou depressão.
A humanidade e, em especial, a infantil têm que restringir rapidamente fast-food, leite desnatado, salgados ou doces fritos, claras de ovo e produtos confeccionados com estas, em especial a maior parte dos bolos.
Óleos vegetais ou de origem animal, desde que sejam fervidos, quer na sua extracção ou utilização, são tremendamente nefastos à saúde, com grande destaque na obesidade, problemas vasculares, arteriosclerose e mais tarde Alzheimer.
Se nada for feito para inverter a actual situação, os custos de todos estes tratamentos serão incomportáveis. As estruturas clínicas a desenvolver, caso venha a ser possível fazê-lo nos anos mais próximos, serão de gestão impensável, no meu entender.
Pior de tudo do que até agora foi dito, é a falange dos enfermos estar a engordar pela parte da juventude e, muito mais preocupante, das crianças a partir dos seis anos de idade.
Atenção pais, avós e educadores em geral, evitem drasticamente os alimentos citados. Comam também com moderação os mais ricos em hidratos de carbono, tais como: massas, leguminosas, cereais, batatas e outros farináceos. Comecem por dar o exemplo aos vossos descendentes, eles, no presente e no futuro, vão copiar tudo aquilo que vêem fazer agora.
O sedentarismo e os temas que hoje abordamos são outro mal dos nossos dias, com grande incidência nas sociedades mais evoluídas.
Em cada três horas à secretária ou em frente ao computador, obrigatoriamente, uma hora aos pulos. Proporcionem os meios para que tal se faça. Deixem que as crianças e adolescentes transpirem com as suas brincadeiras e correrias. Os adultos devem participar em parte ou no todo. O movimento físico é o maior garante no crescimento e, mais tarde, impede problemas vasculares e articulares, mesmo para aqueles já enfermos em que o marasmo do movimento foi uma constante.
Ervilhas, vagens destas e de feijões diversos, são de um valor nutritivo muito positivo se consumidos várias vezes por semana, mas uma refeição será a dose máxima se estiverem secos ou transformados em farinha.
O mesmo acontece com os cereais.
Trincar os grãos de uma maçaroca de milho, madura mas ainda leitosa, crua,
assada ou cozida, dá prazer e sobretudo saúde. Estou convicto que depois da
debulha, pegar nos duros grãos e metê-los na boca, poucos que sejam, o único
prazer será o da ida ao dentista. A natureza preparou-nos para a primeira situação. A humanidade, na busca de situações fáceis, tenta subverter os sentidos para aquilo que naturalmente não gosta ou não consegue ingerir. Demolha os grãos já impossíveis de serem consumidos por nós, pior ainda, tritura-os para reduzi-los a farinha. Como não aprecia esta crua, vai através do fogo criar condições, da forma menos saudável, juntando sal, açúcar, fermento, ou seja, algo que já está azedo ou estragado.
Com os outros cereais e leguminosas acontece exactamente o mesmo. Se, por ventura, não tivermos a possibilidade de os obter na fase de uma mastigação fácil, devemos reduzi-los a rebentos.
Como este artigo já vai longo, no próximo número tentarei dar dicas de como obtê-los ou prepará-los. Como exemplo de tentar aguçar o desejo, se consumir um grão de trigo sobre a forma de rebento em vez do seco, o organismo vai obter cem vezes mais
vitamina C, quinhentas de amigdalina ou seja B17 e para as restantes vitaminas os valores são intermédios. Quanto aos minerais a multiplicação chega próximo, em alguns casos, dos mil.
As pessoas do grupo sanguíneo A, normalmente, são vegetarianas por excelência, e, sempre que têm que comer carne, cozinham-na até a estorricarem ou usam temperos para que o paladar seja de tudo, menos daquilo que o organismo rejeita naturalmente.
Nunca se esqueça, nós somos aquilo que bem digerimos e não o que ingerimos.
Pensem bem! Quando nos servem uma arrelia e o tempo nos ajuda a digeri-la, ficamos bem. Na altura que a engolimos, há um desagradável aperto na garganta, normalmente seguida de uma diarreia mental…