EDITORIAL – QUE É ISSO DA PROTECÇÃO CIVIL? Por: Fernando Correia Bernardo

Lembram-se os Castanheirenses mais idosos, que quando o “Trovoada” e o Adelino Sério, o Soares dos estores eram bombeiros e era visível pelo fumo, um incêndio ter início, num concelho limítrofe, logo se dirigiam à parte mais alta do concelho de Castanheira de Pêra, viam em que termos as chamas se dirigiam a  este, o tempo em que poderiam ali chegar.

Voltavam ao quartel e mobilizavam dois a três veículos, para as aldeias em que se previa o maior perigo.

Não ardiam casas; não morriam pessoas, havia uma acção conjunta entre a população e os bombeiros.

Agora, nas imediações do quartel dos bombeiros, junta-se uma multidão, para apreciar o espectáculo macabro., aproveitando-se o colher de resultados políticos.     Prevenção, é algo que não existe e tudo é absorvido pelo aguardar de ordens operacionais da Protecção Civil.

Que eficácia pode ter a Protecção Civil, quando nos deparamos com a maior parte dos concelhos de Pedrogão Grande, Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos, consumidos pelas chamas e com mais de 480 casas queimadas ?

Que eficácia tem a Protecção Civil com 46 pessoas que perderam a vida pela acção das chamas ?

Que  eficácia tem a Protecção Civil com  200 feridos sendo causa de tal,  o incêndio ?

Que eficácia tem a Protecção Civil com cerca de uma centena  de carros queimados ?

São os resultados desta Protecção Civil inúteis. Então extinga-se, que de nada serve, uma Protecção Civil, com resultados assim.

Mas quanto ganha essa gente com uma farda semelhante à dos fuzileiros navais e com estrelas semelhantes às dos generais ?

E quantos  milhões de  euros  ano,  se gasta com os meios à  disposição desta malta ?

Tudo, num País que vai levar anos a pagar o que deve, tem que ser equacionado tendo presente, o custo/beneficio ou proveito.

Ficou provado que, essa gente, nada trouxe às populações em termos de prevenir incêndios e as defender das chamas. As casas arderam sem protecção; as pessoas morreram desprotegidas. Pouco ficou por arder nos 3 concelhos. Enquanto as chamas deixavam um rasto de destruição, onde estava a Protecção Civil ?

Perante tal, qual a sua utilidade   que nada e ninguém protege, a não ser terem um lauto salário e gastarem, em complementos o que saí dos impostos e do Orçamento Geral do Estado.

Protecção Civil,  que utilidade, eficácia e resultados traz  ?

Estão à vista.

Maior perigo aproxima-se, daqui a 12/15 anos, quando vier um novo incêndio e   ficando tudo na mesma, que é no que vai dar, talvez essa gente, que tem grande aptidão para colar cartazes dos partidos, mude de denominação – Desprotecção Civil -.

Num País decente, no fim do mês de Julho ia tudo para a rua. Mas aqui, onde é o que se vê, vai aparecer uma desculpa e a natureza é que vai ser  culpabilizada.

Que poderia acontecer com um incêndio durante mais de cinco horas, implantado numa floresta densa de eucaliptos e sem se ter acautelado a zona de protecção nas estradas ? Abandonado e sem combate eficaz ?

No que deu, casas queimadas, pessoas mortas e população ao abandono.

Perante tal, onde esteve a Protecção Civil ? E onde está ?

A desculpar-se, fazendo do Povo parvo e a reivindicar mais meios para acrescerem aos muitos milhões que gastam sem resultados.

 

 

 

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