Ministério Público alegou que o autocarro, que transportava 44 pessoas, circulava a velocidade excessiva no IC8. Acidente aconteceu em 2013.
O condutor de um autocarro que em 2013 se despistou na Sertã provocando a morte a 11 dos 44 passageiros foi condenado esta terça-feira a uma pena única de quatro anos de prisão, suspensa por igual período.
O homem foi condenado por 11 crimes de homicídio por negligência. Estava igualmente acusado de dois crimes de ofensa à integridade física, mas os envolvidos optaram por retirar a queixa.
Durante o julgamento, a procuradora do Ministério Público (MP) tinha já pedido pena de prisão suspensa na sua execução para 11 crimes de homicídio por negligência.
O MP alegou a velocidade excessiva a que circulava o autocarro no Itinerário Complementar (IC) 8, que, a par de um ressalto brusco, terão estado na origem do acidente.”Era exigível que o condutor tivesse uma especial precaução na condução, o que não fez”, disse a procuradora nas alegações finais, realçando ainda que se tratava de um condutor profissional e experiente.
Já a defesa do condutor, também nas alegações finais, assumiu que este tem responsabilidades, mas que não devia estar sozinho no tribunal. “A parte mais fraca é a que está aqui, quando deviam estar outros”, afirmou.
A 27 de Janeiro de 2013, um autocarro com matrícula espanhola despistou-se ao no IC-8, no nó do Carvalhal, provocando 11 mortos e um número elevado de feridos. A viatura, transportando um grupo de 44 pessoas, quatro delas crianças, partira de Portalegre em direcção a São Paio de Oleiros, Santa Maria da Feira, para uma visita a uma exposição.
Das vítimas mortais, dez eram do concelho de Portalegre e uma da freguesia de Assumar, do vizinho concelho de Monforte.