Aos 24 anos de idade, Inês Belchior entende que chegou o momento de realizar a sua primeira exibição artística e de dar a conhecer ao público algumas das telas que tem vindo a pintar de forma instintiva e emocional.
Artisticamente, Inês identifica-se com a corrente do expressionismo abstrato e, apesar de ter contacto com o mundo das tintas e dos pincéis desde criança, foi com a mudança para a capital do Reino Unido que esta jovem sentiu o desejo de pintar ser reavivado e que começou a dar novo enfâse à paixão pela pintura.
Ao entregar-se à arte de pintar, Inês Belchior não procura representar o mundo que a rodeia, mas explorar o efeito sensitivo da intensidade cromática e das pinceladas como meio de libertação das emoções e pensamentos mais profundos face à condição humana, ao sentido da vida e às questões ou inquietudes que se colocam no dia-a-dia. A sua pintura é uma pintura que irrompe da captação das oscilações que ocorrem dentro dos limites do espaço físico ou imaginário (…entre Coimbra e Londres, entre o branco e a cor, entre as linhas tortas e as direitas, entre a liberdade e a clausura, entre a saúde e a doença, entre as múltiplas pessoas e personalidades que habitam dentro de cada um de nós…) e que exterioriza a emotividade por meio de cores garridas e delineações dinâmicas.
A primeira exposição de Inês Belchior será apresentada sob o título «Entre Dois Polos» e está patente na Casa do Tempo de 22 de Maio a 27 de Junho, para que o público possa apreciar os seus enérgicos óleos e acrílicos, assim como deixar-se conquistar pela espontaneidade criativa desta jovem artista.
Mónica Tomás de 3 a 27 de Junho
Também Mónica Tomás se vai estrear, realizando a sua primeira exposição na Casa do Tempo.
De 3 a 27 de Junho vão estar em exibição no átrio da recepção 15 obras executadas a lápis, pastel e óleo. O título desta exposição é «Quarentena Criativa – Traços de Arte by Mónica Tomás».
«A arte é necessária para que o homem se torne capaz de conhecer e mudar o mundo. Mas a arte também é necessária em virtude da magia que lhe é inerente. (Ernest Ficher, A Necessidade da Arte)
Mónica Tomás autodefine-se assim: “O gosto pela arte esteve desde sempre presente na minha vida, quer ao nível literário, musical, bem como do desenho e da pintura.
Esse gosto levou a que fosse expressando através das várias formas as ideias do que vejo e sinto. E perante este tempo de incerteza e de afastamento social que a pandemia nos impôs fui passando para o papel imagens da natureza ou tradições, de lugares onde já estive, ou onde ainda gostaria de ir um dia.
Esta quarentena fez-me redescobrir o gosto pelo desenho, pela pintura e sobretudo pela Arte.”