Aires B. Henriques: O Centro Democrático União Coentralense – Parte 3

A consciência proletária

Apesar de tudo isso, e de uma direcção que funciona distante e com grandes dificuldades de comunicação com a sua terra natal, lá quase nos píncaros da Serra da Lousã, o projecto da escola feminina do Coentral manifesta-se com êxito e proveito para a instrução das jovens serranas aí nascidas, pobres e desprovidas de outros apoios culturais e instrumentos para enfrentar – do ponto de vista económico e social – o seu dia de amanhã. O projecto educativo, pois, corre bem ao longo de quatorze anos (1913-1927) e de forma autónoma, relativamente aos posicionamentos políticos e sociais que os dirigentes (em Lisboa) do Centro Escolar Democrático União Coentralense achem por bem publicamente manifestar.

Mas, para uma melhor compreensão do encerramento desse projecto e da crueldade de que essas jovens estudantes serranas irão ser vítimas indefesas, há que ter presente a realidade política que de forma sui generis caracteriza o concelho de Castanheira de Pera, sobretudo a partir da sua industrialização nas décadas de 1860-1880, que fará dele – logo a seguir à Covilhã – um dos centros produtores de lanifícios mais importantes do país.

A proletização que inevitavelmente gera, e que – sobretudo a partir de 1890 – acompanha no país os movimentos antimonárquicos e anglófobos, favorece a a absorção pelos trabalhadores locais dos princípios democráticos e republicanos que a partir de 1873-1876 vão ganhando maior força e sentido a nível nacional. O fenómeno perdura no tempo – ao longo da luta pela autonomia municipal de Castanheira de Pera, da oposição à ditadura pimentista e ao sidonismo –, mas ganha porventura maior premência e consciência de classe aquando das golpadas evolucionistas do Dr. José Fernandes de Carvalho e dos seus prosélitos dos Partido Liberal / Nacionalista[1] que arrastam o concelho para a situação inédita de (entre 14 de Novembro de 1922 e 28 de Maio de 1926) aí funcionarem em simultâneo duas Câmaras Municipais.

Em resumo, Castanheira de Pera e o Coentral revelaram-se sempre – desde 1910 – redutos privilegiados do poder do Partido Republicano Português (ou Partido Democrático) que, invariavelmente, ganhavam as eleições a nível local, fossem elas para as autarquias ou para o Parlamento (Câmara de Deputados e Senado). Desde as primeiras eleições autárquicas (a 30 de Agosto de 1914) até 14 de Novembro de 1922, o Partido Evolucionista nunca concorreu no concelho, apesar de negociações para a integração de alguns dos seus elementos[2]. Por sua vez, o Partido Unionista nunca chegou a ter expressão política a nível local. Contudo, a fusão desses dois Partidos – num novo contexto de descontentamento nacional e de forças nascido no pós-guerra – deu lugar ao Partido Liberal e que este, a nível local, se decidisse por concorrer às eleições autárquicas de 14 de Novembro de 1922, clamando para a liça antigos evolucionistas, as camadas mais conservadoras da população e ex-sidonistas.

Mesmo assim os resultados eleitorais desiludiram os liberais, levando-os localmente a optar pela artimanha e pelo golpe político durante quatro anos de gestão autárquica, com duas Câmaras Municipais a funcionar em simultâneo. O golpe militar do 28 de Maio de 1926, contudo, veio premiar os infractores que – a 4 de Junho de 1926 – viram nomeado um militar como Administrador do concelho[3] e, a 13 de Julho, dissolvidos “todos os corpos administrativos” do Município e entregue o poder local aos nacionalistas da facção do Dr. José Fernandes de Carvalho, com este a ser empossado dois dias depois como presidente de uma Comissão Administrativa para a gestão dos assuntos autárquicos,  secundado por Casimiro Correia e Manuel Alves Ceppas.

Castanheira de Pera, afinal, vive o clima de ditadura, prepotência e limitação das liberdades a que se vai assistindo um pouco por todo o país. A contestação e a revolta vão tomando lugar entre os cidadãos politicamente mais conscientes e activos. Mas, antes de mais, devemos recordar que, em Castanheira de Pera, o “centro político da discórdia” – o Dr. José Fernandes de Carvalho – médico, “tão contestado como temido pelo seu feitio policial” – ver-se-á guindado alguns anos mais tarde a “chefe (local) incontestado e Presidente da Comissão Concelhia da União Nacional”[4], do Partido Único salazarista.

E é, assim, que – fruto dessa contestação e revolta das consciências – menos de um ano depois, entre os dias 3 e 9 de Fevereiro de 1927, ocorre nas cidades do Porto e Lisboa uma importante revolta contra essa Ditadura militar, visando “revirar” a situação existente e repor as postergadas liberdades e princípios constitucionais. Começada no Porto no dia 3, só alastra a Lisboa na manhã do dia 7, quando tudo – por falta de coordenação das forças democráticas envolvidas – já estava perdido a norte. Em Lisboa, comandada pelo tenente Agatão Lança, ficará conhecida como a Revolta dos Remorsos, expressando bem das hesitações havidas e da falta de resposta atempada às mais prementes solicitações militares. No final, depois do seu prévio êxito a norte, a violenta repressão que continuou a sul (Lisboa) permitiu às forças da Ditadura saírem vitoriosas.

Ainda hoje se desconhece da verdadeira dimensão desse movimento reviralhista e do nome de muitas das forças, grupos e personalidades envolvidas; do mesmo modo que se ignoram quais as tarefas distribuídas e o grau de importância e responsabilidade dos que, uma vez contactados, aguardavam ordens para intervir. Esse estudo está de todo por fazer relativamente a Castanheira de Pera e aos eventuais compromissos do Centro Escolar Democrático União Coentralense que, para mais, era dirigido a partir de Lisboa e cujo maior perigo seria, ironicamente, vir armando há mais de uma década jovens raparigas com as perigosas armas do saber, da festiva convivência e pregão das liberdades.

O que de certo apurámos neste domínio – mas de modo comprometendo directamente o Coentral – é que o Dr. João Lopes Soares (ex-deputado por Leiria)[5] esteve envolvido neste processo reviralhista e que entre os dias 1 e 11 de Fevereiro de 1927 faltou às suas obrigações como professor dos Pupilos do Exército (justificando embora as suas faltas pela alegação de doença transitoriamente imobilizante)[6]. Admite-se que a sua presença em Castanheira de Pera – atenta a sua importância como centro operário – possa ter sido nesta data, como eventual elo de ligação aos revolucionários locais. De mais concreto apenas se sabe que João Soares esteve então escondido na Quinta da Fervença, às portas da Vila, acolhido por um “ex-colega” de seminário, o pároco local José Henriques do Nascimento[7]; tendo servido de refúgio o “moinho velho do Sr. Tibério”[8], junto à Ribeira de Pera, “tapado por árvores frondosas e um pouco distante do estreito caminho”, tendo “lá ficado dois dias” e onde, “às escondidas, lhe levaram bebidas, pão e enguias com molho de escabeche[9]. Entretanto as hostilidades cessaram em Lisboa, podendo João Soares retomar em segurança os seus afazeres nos Pupilos do Exército.

À esq., o capelão Dr. João Lopes Soares; e à dir., o “moinho velho do Sr. Tibério”, nas margens da Ribeira de Pera, “tapado por árvores frondosas”, na zona da Quinta da Fervença, onde o Dr. João Soares (como possível elo de ligação com os democráticos revoltosos do 3 a 7 de Fevereiro de 1927) esteve escondido com a conivência – entre outros – do pároco local.

O acender de uma luz

A instauração da Ditadura militar a 28 de Maio de 1926 não foi certamente impeditivo de – como se fazia desde há mais de uma década – em Agosto desse ano as populações do Coentral comemorassem a inauguração do seu Centro Escolar Democrático. O momento era de júbilo e celebração para todos os coentralenses, sobretudo para aqueles que a 31 de Agosto de 1911 haviam visto abrir-se “uma luz no Coentral” com a sua escola primária para raparigas. Isto porque, como o relata o neto de um seus fundadores[10], “em breve, elas  iam aprender a ler e a escrever”, possibilitando que “os seus segredos escritos em cartas já não precisassem de ser transmitidos (através de) outra pessoa, e que um dia mais tarde, quando tivessem filhos, (lhes pudessem também) ensinar as primeiras letras”.

Nesses tempos – em que as crianças funcionavam como um complemento do ganha de pão das famílias mais pobres e numerosas -, em que muitos pensavam em que ir à escola era uma perda de tempo, “os democratas coentralenses – sobretudo aqueles que se iam radicando em Lisboa e engrossando a diáspora serrana – não pensavam assim, já tinham uma larga visão do futuro do Mundo, já queriam igualdade para as mulheres” e que elas, uma vez alfabetizadas, pudessem ser autónomas e progredir.

Por isso, ergueram o seu CEDUC, “contrataram uma professora que era paga pelos sócios, mesmo sem riqueza terem, e ao contrário do que alguns pensavam, o seu único interesse eram os outros e o bem fazerem”. E, assim, “todos os anos, no dia 31 de Agosto, comemoravam o aniversário da colectividade, contratavam uma banda de música para abrilhantar a festa, e davam às crianças mais pobres roupa e lanche”.

Era a sua festa anual, embora não existissem estradas em condições[11], mas a que ninguém faltava. O esforço era grande para anualmente reverem a terra que os viu nascer, mas o empenho bem maior. “A maioria dos sócios trabalhavam em Lisboa, vinham de comboio até à Lousã, e depois a pé – por veredas, montes e vales – com a mala ao ombro, atravessavam a Serra”, avistando outras aldeias e galgando o seu alto cume. “Mesmo com tanto sacrifício não faltavam ao aniversário da colectividade, e sempre muito felizes pela sua obra de bem fazerem”. Era uma obra de grande generosidade, feita por homens de coragem, com o fim nobre de ensinar os outros, quando ”alguns dos fundadores nem filhas tinham”. A festa da “escola feminina” sempre foi, na verdade, a grande festa dos coentralenses, de reafirmação da sua dádiva e sacrifícios, sem quaisquer apoios públicos, em prol das suas raparigas, que queriam prendar com uma boa instrução e um futuro mais digno; sendo o Centro Escolar Democrático (CEDUC) o esteio e a imagem dessa meritória iniciativa cívica.

 

As vítimas indefesas

Mas, em Castanheira de Pera e no Coentral, com a Ditadura do 28 de Maio e a ascensão local das forças mais conservadoras, os adeptos antes congregados no Partido Nacionalista (ex-Partido Liberal) e na figura do Dr. José Fernandes de Carvalho vêem reforçados o seu poder e, com a ajuda dos militares nomeados para a administração do concelho, dão mostras da sua prepotência, interesses e arbitrariedades, as quais destinam aos seus opositores do Partido Democrático.

Uma das primeiras vítimas dessa perseguição e vingança é o irmão Venerável da Loja Guerra Junqueiro, do Grande Oriente Lusitano Unido – Dr. José Frederico Serra[12] -, exonerado compulsivamente da sua função de médico municipal, para que o lugar pudesse de imediato ser ocupado pelo Dr. José Fernandes de Carvalho[13], também ele médico. Por este facto, abandona a Comissão Administrativa, tomando posse uma 2ª Comissão – a 26 de Novembro de 1926 – composta pelo industrial Manuel Alves Ceppas, Casimiro Correia e António Matos Serrano, com o primeiro a presidi-la.

Aliás, com a nomeação do tenente António Gomes Cruz como Administrador do concelho a 4 de Junho, logo se deram as primeiras ordens de prisão sobre o presidente da Comissão Executiva da Câmara (Joaquim Fernandes Dias), o secretário (Manuel Fernandes Soares) e o tesoureiro (José Alves Miranda) do núcleo local do Partido Democrático, num perfeito ajuste de contas que pressagia tempos difíceis.

O ódio não só recaiu sobre estes mas, aparentemente, sobre todos aqueles que – por afectos aos democráticos – de algum modo se mostravam incómodos ao novo poder, em que predominam militares e “nacionalistas”. O ressabiamento atingiu o ponto de, na noite de 28 para 29 de Setembro de 1926, “misteriosamente” se ter feito desaparecer da sala de sessões da Câmara Municipal o retrato do coronel Victorino Henriques Godinho ali descerrado em 4 de Julho de 1914, à data do solene nascimento da autarquia. Nem pelo antigo influente “padrinho” ou “patrono” da Câmara se mantinha, pois, uma mínima e respeitosa gratidão (só porque era democrático).

Também sobre o aspirante de finanças Inácio da Costa Ilharco – decidido irmão maçon da Loja Guerra Junqueiro, ao Or:. de Castanheira de Pera, e que chegara a desempenhar o cargo oficial de Administrador do concelho – existem fortes indícios de ter sido alvo de represálias e perseguição a nível local, a avaliar pelo recurso aos tribunais e pela existência de relatório médico-legal em que se menciona agressão física, com sequelas graves, expressas pela quebra de oito dentes e uma “deformidade notável”[14].

A partir daí e do desaire político-militar dos dias 3 a 9 de Fevereiro de 1927 em Lisboa e no Porto, a vida em Castanheira de Pera vai agravar-se, em particular no Coentral onde funciona o centro escolar republicano: o CEDUC. Assim é, pois a 14 de Fevereiro de 1927 assume a Administração do concelho um outro militar – o tenente Francisco Boaventura Militão –, do Regimento de Infantaria 7, de Leiria, o qual logo que chega é informado dos nomes dos sócios fundadores, bem como – ao que se crê – da composição e orgânica do Centro.

Mostrando-se zeloso na função, com base nos elementos recebidos e na realização de 76 inquéritos a pessoas – mais trinta e três do que as que estavam previstas –, em 16 de Março de 1927 está em condições de expor verbalmente ao Governador Civil de Leiria[15] as conclusões desse trabalho; sendo a decisão final mandar encerrar o CEDUC, sob a acusação de fazer política contrária à orientação do governo da Ditadura.

E, assim, ainda que não esteja devidamente explicado em que termos o CEDUC aparece associado ao movimento revolucionário de Fevereiro, a decisão de retaliação militar concretizou-se a 11 de Abril de 1927, com o Coentral a ser invadido por tropas com ordem para encerrarem o Centro Escolar Democrático Coentralense, local “mágico” onde desde 1913 funcionava uma escola primária feminina.

Mas, se por ora os militares vão fracassar no seu propósito – pois “os sinos tocaram a rebate e as mulheres saíram à rua para (os) impedir”, indo “chamar os homens que estavam no trabalho”[16] -, em Setembro do ano seguinte (1928), uma força da GNR, armada, equipada e – segundo fez constar – com “ordem para atirar a matar”, regressou ao Coentral para finalizar o seu adiado – e odiado – trabalho de repressão. Ou seja, passados 15 anos sobre o arranque da sua actividade educativa, o Centro Escolar Democrático União Coentralense viu encerradas e lacradas as suas portas, assim como confiscado todo o seu património, mobiliário, apetrechos e material escolar[17]; bens que vê arrolados e levados para longe, sob escolta militar, num carro do industrial Manuel Antunes Ceppas[18].

Aí seguiram (para além das carteiras das alunas, da secretária da professora e do quadro preto) 8 quadros com figuras alegóricas á História de Portugal, 3 bustos com o escudo da República, um quadro com a figura da mesma, uma moldura sobre a Conferência de Paz, duas bandeiras nacionais e várias outras de diversas nações. Não esqueceram também quatro quadros emoldurados com os retratos dos sócios Joaquim Henriques Barata – sócio nº 1 – e Manuel Caetano, expostos no CEDUC a par dos do Dr. Afonso Costa – do Directório do PRP – e do bom amigo e correligionário capitão Herculano Lopes Galhardo.

Tratou-se de uma actuação que, verdadeiramente, se revelou cruel e desumana, desencadeada com manifesto menosprezo pelo trabalho de dezenas de cidadãos beneméritos e justos que, de longe (a partir de Lisboa) souberam erguer uma escola para raparigas e suscitar-lhes o alento por condições mais sábias e dignas de vida. E, mais grave ainda, por se deixar sem escola, por vários anos, sem qualquer alternativa, umas dezenas de meninas e a sua professora – Maria do Socorro Bártolo -, vítimas inocentes de um disputa política para a qual em nada contribuíram.

As instalações escolares virão mesmo a ser vendidas em hasta pública e, pelo firme empenho dos coentralenses, mais tarde readquiridas; sendo, a partir de 1932, encontrada uma solução transitória que ajudará a atenuar a injustiça praticada e a mitigar o problema da instrução feminina no Coentral. A colectividade reabrirá mesmo dois anos depois sob nova denominação – como “Centro de Instrução e Recreio União Coentralense” (CIRUC) – à semelhança do que, sensivelmente pela mesma época, se deu em Pedrógão Grande com o Centro Escolar Democrático José Jacinto, rebaptizado de “Benemerência José Jacinto”. Estávamos já em tempo do “Estado Novo”

[1] O Partido Evolucionista, de António José de Almeida, nascido em 1912, funde-se em Outubro de 1919 com o Partido Unionista, de Brito Camacho, dando lugar ao Partido Liberal; o qual, por sua vez, em Fevereiro de 1923, por ligação ao Partido Republicano de Reconstituição Nacional, se transforma em Partido Nacionalista, sempre na perspectiva da formação de um grande partido conservador capaz de enfrentar o poderoso Partido Democático (PRP).

[2] “Maçons de Pedra e Cal – A Maçonaria ao Vale do Zêzere”, ed. Museu da República e Maçonaria / Villa Isaura, Outº 2015, Pedrógão Grande, a págs. 211-213

[3] Tenente António Gomes da Cruz.

[4] Monografia do Concelho de Castanheira de Pera, de Kalidás Barreto, 3ª ed. CMCP, 2004, a págs. 252; in “A Maçonaria ao Vale de Castanheira de Pera”, ed. Museu da República e Maçonaria / Villa Isaura, Outº 2015, Pedrógão Grande, a págs. 222-223.

[5] João Lopes Soares, natural da freguesia de Cortes / Leiria, pai do futuro Presidente da República Dr. Mário Soares, foi deputado por Alcobaça a 11 de Maio de 1919 e a 29 de Janeiro de 1922; e eleito pelo círculo de Leiria nas eleições de 8 de Novembro de 1925.

[6] Enterocolite, como uma inflamação do trato digestivo, com possíveis defecações diarreicas frequentes.

[7] O padre José Henriques do Nascimento, nascido na aldeia da Balsa (n.1876-f.1960), que chegou a ser provedor da Misericórdia local, é apontado por Luís Kalidás Barreto como um “espírito vivo e (de) piada acutilante” e “figura extremamente popular sem perder uma inegável dignidade sacerdotal”.(in Monografia de Cast. Pera, 3ª ed., 2004, a págs. 297).

[8] Tibério Rodrigues Fernandes que – “durante mais de trinta anos” – desempenhou as funções de regente da Filarmónica Castanheirense (apelidada também de “1º de Maio” e “4 de Julho”). Vide “Monografia do Conc. Castanheira Pera”, de Kalidás Barreto, 3ª ed., 2004, a págs. 301 e 340.

[9] “O meu Tio Padre”, de Carolina Delgado, Coleção Recreio, Chiado Editora, 2015, págs. 18. Ver também “Monografia do Concelho de Castanheira de Pera”, de Luís Kalidás Barreto, 3ª edição CMCP, 2004, a págs. 297. Nessa Quinta da Fervença, na proximidade do moinho, funcionava uma fabriqueta de sapolina vegetal (de apoio à indústria têxtil) que era pertença de Manuel Joaquim Pereira, sogro do referido Tibério.

[10] Texto da autoria de Manuel Fernandes Miranda, neto do sócio fundador do CEDUC António Henriques Miranda, citado por Kalidás Barreto na sua “Monografia do Concelho de. Castanheira Pera”, de Kalidás Barreto, 3ª ed., 2004, a págs. 81-82.

[11] A estrada para o Coentral só foi inaugurada em 1932, apesar de várias diligências nesse sentido – pelo menos desde 1915 – junto do Ministro do Fomento António Maria da Silva, em que intermediou o capitão Herculano Jorge Galhardo.

[12] Desempenhou funções como Administrador do concelho do Castanheira de Pera entre 2 de Novembro de 1925 e 7 de Fevereiro de 1926, tendo essa nomeação antecedido as eleições legislativas realizadas a 8 de Novembro de 1925 que deram a vitória ao Partido Democrático.

[13] Monografia do Conc. Cast. Pera, de Kalidás Barreto, 3ª edição, 2004, a págs. 176.

[14] “A Maçonaria ao Vale de Castanheira de Pera”, ed. Museu da República e Maçonaria / Villa Isaura, Outº 2015, Pedrógão Grande, a págs. 241-244; e “Boletim da Faculdade de Direito, 10 (1), 1926-1928”, de Fernando D. S. de Almeida Ribeiro / Catálogo da Exposição Bibliográfica 1926-1966 / Biblioteca geral da Universidade de Coimbra / Outubro 1966.

[15] Henrique Pereira do Vale (26-06-1926 / 18-04-1929); e Dr. Manuel José Ribeiro Ferreira (1931-1933) https://geneall.net/pt/forum/145763/lista-de-governos-civis-portugal/

[16] Monografia do Concelho de Castanheira de Pera, 2ª edição, 2001, a págs. 173. Vide também livro editado a propósito do “1º Centenário do CEDUC (Centro Escolar Democrático União Coentralense)/CIRUC/Coentral 1911-2011”, com texto e introdução de Kalidás Barreto; Agosto 2011; A Administração do concelho foi assumida de forma autoritária a 14/02/1927 pelo tenente de Infantaria 7 Francisco Boaventura Militão, a fim de fazer um inquérito sobre os acontecimentos revolucionários a nível local; Vide o jornal “O Século” de 04/10/1927.

[17] Jornal O Século de 4 de Outubro de 1928. Vide também ofício remetido em 11/9/1928 por Casimiro Correia (Administrador do concelho) ao juiz da Comarca de Figueiró dos Vinhos.

[18] Pai de Manuel Alves Ceppas, presidente da 2ª Comissão Administrativa nomeada pela Ditadura a 26 de Novembro de 1926; Monografia do Conc. Cast. Pera, de Kalidás Barreto, 3ª edição, 2004, a págs. 177 e 267.

Comments are closed.

Scroll To Top